Rever amigos, matar, salvar o mundo: a vida de Shepard em Mass Effect 3

A Terra está em chamas. A humanidade está à beira da extinção. E tudo o que consigo pensar é em como minha arma vai ficar bonita depois de uns upgrades – ou no novo corte de cabelo de uma velha amiga. A demo de Mass Effect 3 que eu testei na Gamescom teve duas partes distintas: um trecho de combate mostrando os momentos mais frenéticos do jogo, e um outro mais calmo, apresentando um pouco da história de ME 3.

Primeiro, ação. A base do combate com coberturas e câmera atrás do ombro dos últimos dois jogos permanece inalterada, mas a coisa toda me parece um pouco mais envolvente. Temos algumas mecânicas novas, como rolamentos para fora e para dentro de coberturas e ataques mortais corpo-a-corpo em que Shepard usa sua Omniblade para perfurar inimigos.

Nos bastidores, pude ver algumas mudanças no arsenal e nos comandos de equipe, como um sistema de upgrades mais elaborado (agora você pode atualizar campos mais específicos para munições, por exemplo, em vez de campos gerais) e uma bancada sobre a qual você pode personalizar suas armas com peças novas, ajustar as estatísticas e até mesmo alterar a aparência delas.

Durante o combate, lutando contra soldados da Cerberus em um planeta alienígena, Shepard mata um monte de caras e encontra um robô (que pode ser controlado se você eliminar o piloto). É possível perceber uma maior “verticalidade” no jogo, com mais fases abrangendo diferentes andares, incluindo escadas e quedas longas. Não que isso faça uma grande diferença, mas ajuda a quebrar a sensação de que o jogo é um desfile interminável de corredores planos.

Também vi a primeira fase do jogo, em uma Terra que sofre a invasão Reaper. E em meio a tantas explosões, edifícios desabando e uma música sombria, o mais interessante foi o breve encontro com Ashley, a velha amiga um tanto nazista do primeiro Mass Effect.

Ela já apareceu antes, mas essa é a primeira vez que eu consigo olhar direito. Ashley está bem mais simpática agora. Não que você efetivamente converse com ela, mas a mudança radical de estilo, que inclui um corte de cabelo dramaticamente mais feminino, dá uma impressão mais amigável, mais agradável. Pelo menos para os seres humanos (aviso: pode ser que ela ainda odeie aliens).

Com base nessas duas fases, é bom ver que, apesar de ser baseado em um jogo que tem quase quatro anos de idade, Mass Effect 3 tem uma bela lista de novidades que o tornam interessante. E esses detalhes, além da vontade de querermos saber como tudo vai acabar, também ajudam a melhorar as coisas.

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